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CAROLUS LINNÆUS 23/5/1707 – Råshult_ SUÉCIA 10/1/1778 – Uppsala_ SUÉCIA

“Deus creavit, Linnæus disposuit” – “Deus criou, Lineu organizou” Essa era a obsessão: organizar a natureza.
O problema é que a primeira solução que ele encontrou era completamente furada.

No livro Systema Naturae, de 1735, ele já propõe que o mundo natural seja dividido em reinos (vegetal, animal e mineral), mas que as plantas sejam ordenadas por seus órgãos sexuais: as flores. Isso juntava plantas tão diversas quanto uma espada de São Jorge e um aspargo – o que não ajudava a organizar nada.

A maneira libidinosa com que descrevia as partes vegetais e suas relações levaram à total rejeição pela Royal Academy de Londres, epicentro botânico da época. Mas ele sabia tudo de plantas.
Foi dele a proeza de fazer crescer o frutificar a primeira bananeira em solo europeu. Quando precisou classificá-la, Linnæus lembrou de uma ideia antiga, na qual a banana seria o fruto proibido que Eva deu a Adão no Éden. Ele a batizou Musa Paradisíaca.

Infelizmente, seu ego era tão inflado que não conseguia ver o quão ridícula era essa ideia de classificação. Depois de azucrinar muita gente, conseguiu algum apoio em Oxford – suficiente pra voltar à sua terra natal ainda mais empinado. Assumiu a direção do Jardim Botânico de Uppsala e se dedicou a organizar todas as plantas segundo seu Systema Naturae – e usava o espaço para divulgar suas ideias num misto de trilhas pelos jardins/aula/espetáculo.

Pra facilitar sua vida e a dos seus pupilos, passou a simplificar os gigantescos e firulosos nomes cientificos da época com o que veio a ser conhecido como binômio – esta sim, sua melhor e imortal ideia.
Por exemplo, um simples tomate se chamava “Solanum caule inermi herbaceo, foliis pinnatis incisis” que significava “Solanum com caule mole e folha pinada recortada”, podada virou Solanum lycopersicum.
O livro Species Plantarum (1753) se tornou a base da nomenclatura botânica até hoje.